domingo, 4 de maio de 2014

É realmente errado procurar algo bom para mim?

É realmente errado querer algo mais do que simples beijos e abraços?
É perda de tempo necessitar de carinho com as palavras
e não comente com a boca ou o próprio corpo?

Preciso realmente ter que apenas DESEJAR algo de alguém,
nunca de fato SENTIR?
Por que devo procurar no outro apenas meios de me sair bem?
“Ele tem carro, emprego bom, salário alto,
sobrenome, três casas alugadas,
fez faculdade e está a caminho da terceira pós...
Nunca te faltará nada”.

Afinal, o que seria um bom partido?

Eu: “Pensei que o amor sempre valesse mais a pena!”.
Alguém: “Querida, isso só existe nos contos de fadas. Acorda!
O cara te sustentando é o que interessa”.

Sou anormal,
 pode!


Priscila (Pilinga)

Imagem retirada da internet

A vela queima devagar.

Brinco com a chama
deixando o tempo passar sem vontade
por entre meus dedos.

Não há música.
Não há blues.
Não há dança.
Não há corpos a brincar na sala.

O pensamento traz recordações lindas,
indesejadas e repetitivas.
Na papelada no fundo do armário,
os planos frustrados de uma viagem para Inglaterra
que não mais se realizará.

A solidão se torna companheira inseparável
e bebe comigo um vinho.

Pensar que esta sala era cenário perfeito,
daquelas de cinema mesmo...

Mas tudo acaba!

Falta a música.
Falta o blues.
Cadê a dança?
Não há corpos a brincar na sala.

Priscila (Pilinga)


Imagem retirada da internet

Não chore! Não grite!

Não existe necessidade disto!
A separação foi extremamente importante!
O oceano existe por um motivo,
separar talvez seja ele.

Chorar, eu sei,
lava a alma,
mas machuca o coração, também,
e eu não quero te ver machucado.

Desculpe se te cobrei,
não foi a intenção.
Nunca foi.

Ao som deste piano,
Neste bar solitário do centro da cidade,
Podemos analisar nosso caso,
o que era
e o que se tornou.
Assim, podemos ver que
acabou.

Não adianta chorar,
não quebre mais um copo.
A distância fez o que era preciso.
Nós precisamos fazer mais.

Não era real, sabíamos disso.
Agora é seguir cada um o seu lado.
Não era real, estava na cara.

Agora é cada um para o seu lado. 

Priscila (Pilinga)

Imagem retirada da internet

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Frio

E eu só consigo pensar nos momentos que passamos
e o mesmo frio que agora me percorre o corpo,
embalava-nos numa dança sensual
a pouco tempo atrás.
A noite era a vigia da vez.

Este frio me trás recordações...
Ele era o motivo óbvio dos abraços demorados
para esquentar;
os beijos vinham de brinde.
Brinde esperado!

Era tudo perfeito!
As luzes amarelas da cidade
era vista perfeita para nós.

Mãos unidas,
corpos a esquentar-se um no outro
e respiração compassada.
Meu coração dizia ao teu,
aos pulos,
segredos diversos
guardados àquele que o sequestraria.

Descobrias caminhos em mim.
Fazia de minha nuca
teu brinquedo de beijar
e de minha pele
lugar de provocar arrepios.

Era mágico!
Era perfeito!
Era...
Passado!

Falta desses momentos!
Saudades daqueles dias!
Falta dos teus beijos!
Necessidade dos teus abraços!
Desejo de ter tuas mãos em mim!

Tempo cruel que separa!
Distância que quer matar!
Coração besta que não esquece!
Cérebro estúpido que não ajuda!
Poetiza insolente que transforma lembranças em versos
- tentativas dele, na verdade.

Mulher besta que não consegue seguir!

Priscila (Pilinga)

Imagem retirada da internet