sábado, 3 de janeiro de 2015

Olhando o céu

busco as respostas para o seu adeus
por me deixar só
sem se preocupar como meu coração ficaria aqui.

As estrelas tentam acalmar meu coração
dizendo que você se foi
e levou o coração apertado
assim como o meu ficou aqui.

Tento usar a razão, estrelas não falam.
Deixo a lágrima cair pela saudade e lindas lembranças.
Cada momento ficou marcado na alma.

Beijos intensos, abraços apertados, sussurros que arrepiavam a pele.

E o adeus sem razão.
O último beijo, o último abraço quente e o sussurro da palavra: fique bem!

Coração apertado.
Dias nublados intermináveis.
Luz cinzenta pelas manhãs até a dor grande diminuir.

Estrelas tentando aliviar minha dor.
Ele também tinha o coração apertado.
Então por quê?

Priscila Garcia

Imagem retirada da internet

A saudade dos nossos dias juntos veio com toda força hoje.


Passei na rua distraidamente
e senti algo próximo ao teu cheiro.

Procurei, olhando para os lados, tua face.
Não encontrava.
Segui o perfume
e deparei com outra pessoa.

Triste busca!

Era parecido,
não o TEU cheiro.
Faltava algo que só você tem
para ser o TEU cheiro, de fato.

Saudades de como era sentir teu perfume em mim.

Priscila Garcia


Em pé no topo da alta montanha das redondezas

esperando o tempo passar olhando as nuvens em algodão.
Elefantes, jacarés, cobras, casas, homens de narigão zangados e com meio bigode.

Pensamentos voam de encontro com essas figuras estranhas do céu,
criam histórias e momentos engraçados no pensamento de quem o projeta.

O elefante que corre atrás do jacaré, amigo da cobra
que mora numa casa branca de algodão e tem como vizinhos
homens de narigões e meio bigodes.

Ela ri! Ri gostoso da vida e das histórias mirabolantes que criou.
Momento de descontração!
É bom rir.
É bom ver homens de narigões e meio bigodes.

Priscila Garcia

Imagem retirada da internet

Andei só pelas ruas desertas na madrugada de domingo.

A noite era pequena demais para o grande que estava em meu coração.
Deixei que o vento bagunçasse meus cabelos, acariciasse meu rosto.
Fechei os olhos para sentir mais intimamente o carinho da natureza.

A solidão da hora me encantou. Nunca a cidade foi tão bonita!
Podia-se ouvir o canto da coruja que terminava sua ronda
e os primeiros raios, ainda tímidos, de sol que surgiam no horizonte.
Momento único!

O grande em meu coração cresceu e eu chorei!
A natureza sentira minha dor e deixou suas lágrimas caírem também.
A tristeza, levada pelas gotas geladas da chuva, escorria pelo meu corpo.
A vida voltava a mim aos poucos!
Eu voltava a viver.

Priscila Garcia

Imagem retirada da internet

Olhos verdes que me enfeitiçaram.

Levaram a um mundo desconhecido,
sem necessidade de passagem,
sem meu consentimento,
sem que pudesse lutar contra a viagem.

Convenceram a me entregar de corpo e alma,
escrever uma história, sem ao menos conhecer de fato os personagens.

Mente obscura, misteriosa;
voz mansa, branda;
hálito inebriante, quase um narcótico
que me convencera de seu amor,
aquele que, de fato, não existia.

Mentiu amor.
Fingiu gostar!
Fantasiou paixão ardente!
Para quê?

Apenas para tentar,
em meus braços,
esquecer teu verdadeiro amor.

Não o culpo!
Apesar do gracejo com meus sentimentos.
Apenas rezo para encontrardes a paz.
A paz que os olhos verdes me tirou!

Priscila Garcia

Imagem retirada da internet

Necessariamente...


Dar as mãos não significa caminhar junto.
Abraçar não é oferecer segurança.
Sentir desejo não é amor.
Beijo não é amar.
Falar “eu te amo” da boca pra fora não sacia o coração do outro.
Necessariamente cada atitude precisa ser sincera para, de fato, valer.

Priscila Garcia

Imagem retirada da internet

O vento entra pela janela invadindo,

sem permissão,
o quarto.
O calor da tarde de verão amenizava.
“Obrigada, Zéfiro!
por refrescar meu corpo,
meus pensamentos!
Eles precisavam de paz”.

A folha em branco chamava atenção.
Há tempos que nada escrevia desde...
Há muito tempo!
O vazio dentro de si aos poucos desaparecia
e já podia sentir algo,
um motivo, uma razão...
Não!
Um pouco de paz para revelar-se!

Aproximou-se da folha,
pegou o velho lápis grafite e começou a escrever.
Escreveria o resto da tarde!
Talvez invadisse a noite, também!
Mas estava bem consigo mesmo!
Aproveitaria o momento com as folhas e o velho grafite.

“Obrigada, Zéfiro!
Seus ventos me trouxeram a paz de que precisava”.

Priscila Garcia 


Imagem retirada da internet

Batom vermelho e unhas esmaltadas de preto.

A roupa sempre em tons de escuros e em cima do salto.
Estava assim e os outros falavam de sua beleza naquele dia.
Por dentro sofria. Trazia em si
a vontade de chorar e gritar de dor.
No entanto, em sua boca vinha estampada
o mais belo sorriso que podia dar.
De nada adiantaria chorar, naquele momento não.
Arranjaria forças para superar.
A noite a ajudava, com a lua carregava suas energias e
nas estrelas via a constelação que mostrava a direção certa a seguir.

Priscila Garcia

Imagem retirada da internet

Te dei todo meu carinho

atenção, amor e zelo.
As noites de insônia,
e cada virada na cama que inquietação.

Te dei cada beijo apaixonado,
cada suspiro quente
e meu amor.

Sua indiferença simplesmente
pegou cada um destes presentes
e jogou na lama.

Agora só me restou te dar
minhas lágrimas
e arrependimento
de ter me entregue nisso
de corpo e alma.

Priscila Garcia

Imagem retirada da internet

As lágrimas caem sem parar

e molham a roupa de quem se abraça
na tentativa da dor de ambos passar.

Segurar as gotas que vêm aos olhos
parece impossível neste momento.
A dor é profunda pela perda de quem se foi
para nunca mais voltar.

Deixem-na chorar!
Deixem-nos chorar!
A dor só ameniza com o esvaziamento
da alma através das lágrimas.

Priscila Garcia

Imagem retirada da internet