segurar,
a todo custo,
cada
lágrima teimosa que à meus olhos viessem.
Seria
forte.
Mostraria,
não apenas aos outros,
mas a
mim mesma,
que
iria até o fim,
caindo,
levantando, caindo, levantando
avançando.
Avanço.
Mas as
lágrimas eu não segurei.
Percebi
que a cada passo,
se não
deixasse meu rosto molhar,
se não
permitisse sentir rolar as gotas,
se não
sentisse o gosto salgado da fraqueza em minha boca,
eu
jamais conseguiria levantar.
Avanço.
Mas as
lágrimas eu não seguro.
Não me
importo mais que elas rolem.
Não me
importo do mundo vê-las.
Não me
importo...
Mas
avanço,
caindo,
levantando, caindo, levantando
avançando.
E lágrimas
regando o caminho.
Quem
sabe nele não nasçam flores?!
Priscila Garcia
Imagem retirada da internet