domingo, 6 de dezembro de 2015

O sorriso fácil do rosto sumiu.


Encontra-se mais aspereza nas palavras,
um silêncio profundo
e um olhar constante para baixo em busca de si mesma.

Anda mais recolhida,
escuta mais as músicas do que a voz dos outros.
Marcas de lágrimas percorrem o rosto com facilidade,
está distante do mundo.

Não acreditava nas palavras sem som dos outros.
Não acreditava nos toques em seu ombro das pessoas que falam sem parar.
Não acreditava mais em Deus.
Não acreditava na própria força de recomeçar, de se superar.
Não acredita...

Marcaram-lhe o braço.
Marcaram-lhe a alma.
O roxo durou mais de vinte dias
e na alma ainda perdura a dor das palavras ditas inescrupulosamente.

Dos outros vieram as cobranças:
voltar a ser como era antes,
devia ser feliz sempre
não tinha mais o direito de chorar.
Ouviu que precisavam dela e dos seus favores,
e isso, e aquilo, e aquilo outro...

Mas não lhe perguntaram como estava seu mundo interno.


- Está bem, obrigada! – Disse.

Sobre as contrariedades da vida...


Em casa de ferreiro,
o espeto é de pau.
Em casa de pedreiro,
das paredes caem o reboque.
Em casa de filho roqueiro,
o pai escuta sertanejo.
Em casa onde todos são de exatas,
a caçula é de humanas.
Em casa de açougueiro,
o filho mais velho é vegano.
Em casa de florista,
as orquídeas murcham ao sol.
Em casa de relojoeiro,
o cuco está quebrado.
Em casa de mecânico,
o carro da família pega ferrugem.
Em casa de mestre cervejeiro,
o alambique está vazio há anos.
Em casa de pastor,
tem sempre um que é ateu.
Em casa de professor,
tem parente analfabeto.
Em casa de homofóbico,
tem parente gay (assumido, ou não).
Em casa de doméstica,
a cama está bagunçada há dias.
Em casa de prostituta,
não tem sexo todos os dias.
Em casa de musicista,
o silêncio é ouro.
Em casa de urologista,
tem ânus intacto.
Santo de casa não faz milagre!
A vida também impõe muito!
Há exceções nas relações, lógico.
Mas que a vida é tão contraditória,
ah, isso é!!

Priscla
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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Sobre refletir no passado...

Se eu pudesse escrever uma carta e mandar à Priscila de dez anos atrás, não adiantaria o futuro passando os números da mega sena, muito menos o resultado da copa de 2014, rsrs, mas daria uns toques.

Para a Priscila de 2005 eu diria que continuasse a ler bastante como gosta, e se possível que lesse mais ainda, sem se importar com o que as pessoas pensam. Mandaria uma lista de pessoas falsas que juraram amizade eterna, mas na primeira oportunidade puxariam o tapete dela e parasse também de ajudar os colegas de sala de aula, só atrapalham a estudar e a treinar violão. Diria que igreja/instituição e a fé não precisam andar juntas e que amigos de verdade procuram sem motivos também, não apenas quando precisam. Pediria que fosse atrás de saber o que é iniciação científica assim que entrar na faculdade (e tentaria convencê-la disso, porque até então ela não acredita que isso é possível) e que procurasse publicar artigos (logo), afinal os trabalhos dela serão bons para isso. Diria à Priscila com seus dezesseis anos que não aceitasse nenhum convite para ser madrinha de casamento pelos próximos dez anos, por favor, e mantivesse distância de amigos que começarem a namorar de agora em diante: salve sua vida, física e a moral, rs. Recomendaria que fizesse amizades com seus médicos e perguntasse sempre que tiver dúvidas, será mais leve assim. Pediria encarecidamente que tivesse menos medo de amar. Ah, guarde mais o SEU dinheiro, tá?! Ouça mais e fale menos; você vai aprender isso, mas vai demorar um pouco, tenta adiantar esse aprendizado ai, tá bem? Também pediria que não tivesse medo de sair sozinha para onde quer e gosta tanto de ir, faça isso logo senão perderá oportunidades e shows incríveis. E se por acaso, alguém, algum dia, chamar para subir ao palco: vai porque será legal!! Pelo amor de Deus, vá ao show dos Scorpions em 2008 e do Bon Jovi em 2010 senão se arrependerá pelo resto da vida. E por fim, continue como sempre fez e faz: sorrindo mesmo quando tudo levar a chorar, essa será sua força.

Mas o passado me ensinou muito, não o nego... Rsrs! Agora meu presente e futuro (o que desejo) só dependem desse aprendizado todo, e da vontade de Deus agindo, também.

Agradeço aos votos de feliz aniversário, aos familiares e aos amigos verdadeiros que fizeram e fazem parte da minha história.

Priscila

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sexta-feira, 29 de maio de 2015

O que ficou...

O cheiro ficara na blusa naquela noite.
Os abraços foram tão fortes e apertados,
os perfumes confundiram-se na fragrância das sensações
passadas de um para outro...

A taça de vinho barato ficara esquecida sobre a mesa.
A embriaguês foi de amor e entrega total,
e a bebida barata fora deixada de lado após o primeiro beijo,
quase deixaram a garrafa cair e quebrar...

Ficara também as marcas vermelhas pelo corpo.
Batom dela, mordiscadas dele,
sinal da intensidade dos beijos e carinhos,
nada para machucar, apenas amar...

Ficaram mesmo as marcas na alma e na lembrança...

Priscila Garcia

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Não posso crer que aconteceu novamente...

Apaixonei-me!

Como isso foi acontecer bem debaixo do meu nariz?
Como pude deixar, nem perceber?

Esses amores que chegam de fininho e entram em meu coração
feito gripe forte de inverno...
Demoram para curar-se!

Chorei amargamente quando descobri que era amor.
Apaixonar-se devia ser algo tranquilo,
não envolver nenhum sofrimento,
nenhuma lágrima.
Mas não foi bem assim!

Chorei intensamente!
Seu coração já não era meu,
bem antes do meu te pertencer!


E agora? Como acabar com essa dor?

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domingo, 12 de abril de 2015

Se eu não sentisse, se eu não pensasse, se eu não dançasse a valsa das manhãs nubladas... Mas não sou dura, igual José. Eu sinto, penso e danço. E acredito que seja esse o problema, meu caro Carlos. Nasci um anjo torto, fui ser gauche na vida e olha para mim agora. 
Meu Deus não me abandonou porque sabia que eu não era Ele, e sim que era fraca, precisava de ajuda. Então, o Criador puxou a cadeira para ver a lua comigo e tomamos um conhaque. Ficamos comovidos como o diabo.

Priscila esta brincando com Drummond e expressando seus reais sentimentos tristes sobre a vida.


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Cingia meu corpo com seus braços

e trazia-me mais perto de seu peito.
Focava seus beijos em meu pescoço
e declamava poemas de Vinícius de Moraes pertinho.

As mãos aproveitavam o livre acesso e percorriam
cintura, costas, nádegas.
Apertava-me contra si,
medo de que eu fugisse?
Como poderia se meus pensamentos viajavam naquela dança?

Parceira de dança,
passei meus braços em teu pescoço
e minha boca procurou a tua
com vontade de puxar para dança a tua língua na minha.


A valsa se fez.

Priscila Garcia

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Sinto falta do teu sorriso,

tão largo e sincero.
Teu olhar me paralisava e
eu nem sabia exatamente porque.
Era mágico!

Sempre carinhoso,
mostrava como era
ser príncipe em plena modernidade,
uma raridade, eu sei.

Nas brincadeiras de amantes,
seus beijos quase deixaram marcas por onde passavam.
Eu pedia que tomasse cuidado,
sua promessa era de marcar apenas a alma
e refletir nas nossas lembranças em cada beijo.

E marcaram profundamente...

As curvas no caminho nos afastaram,
você  nem imagina agora
o quanto choro

com as marcas das lembranças.

Priscila Garcia

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Arranquei com todas as forças teu amor.

Com raiz e tudo,
não poupei forças para tirar cada pedaço de você
que ainda pudesse sobrar
dentro de mim.

A cada pedaço tirado
lágrimas grossas insistiam em cair de meus olhos.
Processo doloroso, amargo, torturante.

Um e outro grito de dor
cobria-se em choro ácido
desse ato,
a cada ramo profundo,
enraizado no íntimo.

Apesar da dor, insisti no gesto.
Não hesitei e continuei o árduo trabalho agrário.
Arrancar essas raízes impregnadas do campo de meu coração
é processo inadiável, necessário, preciso...
Justo!

Amar sozinha é perdição,
autodestruição,
suicídio lento,
no ser ainda vivo.

Arranco a violentos golpes
a erva daninha do amor que sinto
sozinha
por quem, não mais, me ama.
Desencravo o amor que tanto trouxe felicidade,
e hoje dói!

Priscila Garcia


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domingo, 15 de março de 2015

Quando estava triste, era raro, porém não impossível de acontecer,

sentia mais ainda a necessidade de ler.

Atrás de um livro ninguém percebe o rosto prostrado.
Atrás de um livro e um rosto de óculos se esconde um olhar vermelho de choro.
O silêncio que um livro pede, ajuda a manter a solidão que se necessita.
Os fones de ouvido estreitam o retiro espiritual do coração machucado.
O tempo em que passa a história cicatriza as feridas abertas.
O livro era seu remédio!

Priscila Garcia

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Olhos vermelhos de tanto chorar,

pele sem a cor natural,
cabelos bagunçados e corpo lento.

“Por que levantei da cama?”
- pergunto a mim mesma

tentando entender a burrice que fiz.

Priscila Garcia

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As dores atingem em cheio

o coração já fraco,
resultado das más aventuras do passado
ainda não cicatrizadas.

Café.
Mais café, por favor!
A manhã será longa,
assim como a noite passada.

Não sabia como um adeus poderia doer tanto.

Era um fim necessário, eu sei!
Você foi bem direto quanto à isso.
Precisávamos de um fim.

Mas será que não posso chorar por esse fim?
Não me é permitido ter um grito de libertação,
um desabafo, algumas lágrimas
(tudo bem, muitas lágrimas!),
uma noite de insônia,
olhos vermelhos
e um coração despedaçado?

Não está sendo fácil para mim,
assim como percebo que foi para você!

Deixe-me ter o direito de sofrer!
Eu vivi isso bem intensamente!
Posso enterrar meu amor por você com um pouco de dignidade?

Priscila Garcia

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Me sentia mal por ter de tomar aquela atitude,

era como se colocasse a corda em meu próprio pescoço,
sem querer,
mas por necessidade mesmo!
Então olhei para o espelho e vi meu rosto cadavérico
sem antes assinar o contrato com a morte.
Não gostei do que estava à minha frente!
'Cria coragem, mulher!' - disse a mim mesma -
'Parece que vai ao matadouro! Pare com isso!
Até parece que as coisas sempre foram fáceis!
Esqueceu que sempre viveu ligada no modo hard?'
Após a bronca dada em meu reflexo no espelho,
respirei fundo, sorri e sai.
De certo, nunca fora fácil! Não tentar ver o lado bom, não ajudaria!
Levar um sorriso no rosto alivia a tensão!

Priscila

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Não imaginei que voltaria a vê-lo.

O coração bateu forte em meu peito,
parecia que iria sair ao teu encontro correndo e
te abraçar.
Deixar de lado a timidez e tirar o atraso de cada dia sem te sentir.
Meio à multidão, não se importava com nada mais.

Mas conteve-se!
Contive-me!

Ao teu lado estava outro alguém.
Quem seria? Qual seria o seu nome?
Não imagino!
Mas me doeu quando a vi te beijando.
Sentindo o calor dos lábios que um dia eram meus...

Como doeu ver aquela cena.
Como chorei sem sentir as lágrimas caírem
mas não pude me conter
de tristeza.

Doeu como da última vez
que ouvi teu adeus e o carro partiu virando a esquina e
você não virou para acenar a última vez.

Doeu muito!
Nem sabe como doeu te rever
com barba feita e cabelos curtos,
Não era assim na nossa relação,

pois ainda lembro tua barba em minha nuca.

Priscila

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Beije-me!

Como se fosse a última vez
Como se o mundo fosse acabar agora.
Não se importe com o que vão dizer quem nos vê,
muito menos com as consequências do que isso pode nos dar.

Beije-me!
Sinta meus lábios quentes que ardem de desejos e amores pelos teus.
Deixe que minha língua passeie pelo céu da tua boca e te leve à um céu cheio de estrelas.

Sinta meu coração bater mais forte por sentir teu corpo perto de mim.
O corpo quente, ardente, pedindo por mais prazer e toques.

A rua inteira pode ver, não há problemas.
Somos apenas dois apaixonados trocando gostos e sentimentos,
prazer e emoções!

Beije-me,

E não deixe que eu vá embora sem cumprir tua missão!

Priscila

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Olhos fechados,

pele arrepiada
e você me beijava a nuca.

A barba corria em meu colo
desejos que gritavam de minha pele:
“Sim”

Mãos que cingiam a cintura,
apertando contra a tua,
te aproximando mais de mim.

Bocas se encontram e dizem doçuras na língua dos amantes.
Os dentes se intrometem e brincam de vampiros,
sedentos por pedaços da carne amante.

Minha respiração sai ofegante
e digo em teu ouvido:
“Desce!”


A noite não será de sono!

Priscila

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Aquela não era eu!

Não mesmo!

Após o terceiro copo cheio de vinho e gelo
eu sentia em mim um turbilhão de sentimentos paradoxais
que se misturavam a cenas do passado,
coisas antigas,
guardadas no subsolo da lembrança.
Proteção? Talvez!

Senti medo
e uma necessidade terrível de escrever tudo aquilo.
Era como se não suportasse isso só dentro de mim,
e precisasse exorcizar tudo, antes de enlouquecer.

Mas o medo se apoderou de mim e rasguei a folha com as primeiras letras.
Sairiam poemas perigosos demais!
Poderiam machucar! Fazer mal!

Certa vez alguém me disse que o vinho dá cor avermelhado as lembranças!
Eu digo mais,
dá sabor também!
Seco ou adocicado,
não importa, tanto faz!
Traz lembranças independente do sabor do vinho!

Calei o turbilhão de sentimentos paradoxais
com um banho gelado e fui dormir.
Que Morfeu cuide de mim!

Não adiantou muito o banho.
Ainda surgiu este poema!!


Após alguns copos de vinho com gelo em forma de coração, uma noite de sonho profundo e uma conversa... 


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sábado, 3 de janeiro de 2015

Olhando o céu

busco as respostas para o seu adeus
por me deixar só
sem se preocupar como meu coração ficaria aqui.

As estrelas tentam acalmar meu coração
dizendo que você se foi
e levou o coração apertado
assim como o meu ficou aqui.

Tento usar a razão, estrelas não falam.
Deixo a lágrima cair pela saudade e lindas lembranças.
Cada momento ficou marcado na alma.

Beijos intensos, abraços apertados, sussurros que arrepiavam a pele.

E o adeus sem razão.
O último beijo, o último abraço quente e o sussurro da palavra: fique bem!

Coração apertado.
Dias nublados intermináveis.
Luz cinzenta pelas manhãs até a dor grande diminuir.

Estrelas tentando aliviar minha dor.
Ele também tinha o coração apertado.
Então por quê?

Priscila Garcia

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A saudade dos nossos dias juntos veio com toda força hoje.


Passei na rua distraidamente
e senti algo próximo ao teu cheiro.

Procurei, olhando para os lados, tua face.
Não encontrava.
Segui o perfume
e deparei com outra pessoa.

Triste busca!

Era parecido,
não o TEU cheiro.
Faltava algo que só você tem
para ser o TEU cheiro, de fato.

Saudades de como era sentir teu perfume em mim.

Priscila Garcia


Em pé no topo da alta montanha das redondezas

esperando o tempo passar olhando as nuvens em algodão.
Elefantes, jacarés, cobras, casas, homens de narigão zangados e com meio bigode.

Pensamentos voam de encontro com essas figuras estranhas do céu,
criam histórias e momentos engraçados no pensamento de quem o projeta.

O elefante que corre atrás do jacaré, amigo da cobra
que mora numa casa branca de algodão e tem como vizinhos
homens de narigões e meio bigodes.

Ela ri! Ri gostoso da vida e das histórias mirabolantes que criou.
Momento de descontração!
É bom rir.
É bom ver homens de narigões e meio bigodes.

Priscila Garcia

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Andei só pelas ruas desertas na madrugada de domingo.

A noite era pequena demais para o grande que estava em meu coração.
Deixei que o vento bagunçasse meus cabelos, acariciasse meu rosto.
Fechei os olhos para sentir mais intimamente o carinho da natureza.

A solidão da hora me encantou. Nunca a cidade foi tão bonita!
Podia-se ouvir o canto da coruja que terminava sua ronda
e os primeiros raios, ainda tímidos, de sol que surgiam no horizonte.
Momento único!

O grande em meu coração cresceu e eu chorei!
A natureza sentira minha dor e deixou suas lágrimas caírem também.
A tristeza, levada pelas gotas geladas da chuva, escorria pelo meu corpo.
A vida voltava a mim aos poucos!
Eu voltava a viver.

Priscila Garcia

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Olhos verdes que me enfeitiçaram.

Levaram a um mundo desconhecido,
sem necessidade de passagem,
sem meu consentimento,
sem que pudesse lutar contra a viagem.

Convenceram a me entregar de corpo e alma,
escrever uma história, sem ao menos conhecer de fato os personagens.

Mente obscura, misteriosa;
voz mansa, branda;
hálito inebriante, quase um narcótico
que me convencera de seu amor,
aquele que, de fato, não existia.

Mentiu amor.
Fingiu gostar!
Fantasiou paixão ardente!
Para quê?

Apenas para tentar,
em meus braços,
esquecer teu verdadeiro amor.

Não o culpo!
Apesar do gracejo com meus sentimentos.
Apenas rezo para encontrardes a paz.
A paz que os olhos verdes me tirou!

Priscila Garcia

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Necessariamente...


Dar as mãos não significa caminhar junto.
Abraçar não é oferecer segurança.
Sentir desejo não é amor.
Beijo não é amar.
Falar “eu te amo” da boca pra fora não sacia o coração do outro.
Necessariamente cada atitude precisa ser sincera para, de fato, valer.

Priscila Garcia

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O vento entra pela janela invadindo,

sem permissão,
o quarto.
O calor da tarde de verão amenizava.
“Obrigada, Zéfiro!
por refrescar meu corpo,
meus pensamentos!
Eles precisavam de paz”.

A folha em branco chamava atenção.
Há tempos que nada escrevia desde...
Há muito tempo!
O vazio dentro de si aos poucos desaparecia
e já podia sentir algo,
um motivo, uma razão...
Não!
Um pouco de paz para revelar-se!

Aproximou-se da folha,
pegou o velho lápis grafite e começou a escrever.
Escreveria o resto da tarde!
Talvez invadisse a noite, também!
Mas estava bem consigo mesmo!
Aproveitaria o momento com as folhas e o velho grafite.

“Obrigada, Zéfiro!
Seus ventos me trouxeram a paz de que precisava”.

Priscila Garcia 


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