quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A morte de Pollyanna

     Se eu chego cedo e falo "Bom dia", você me pergutna: "o que é que tem de bom?". Se estou cantarolando qualquer coisa, você se irrita com minha alegria. Se ando as vezes aos pulos, você diz que eu não cresci. Meu vestir já te irrita pois aos teus olhos sempre pareço uma criança...
     Com o tempo meu "Bom dia" diminuirá a intensidade. Já não mais cantarei e andarei o mais arrastada e cansada possível. Andarei o mais cinza que puder e já não sorrirei com tanta facilidade...
     E você me perguntará, surpreendido e incdrédulo, o que aconteceu. Eu lhe responderei que matei a Pollyanna que existia em mim. Seu mundo cinza, que não quer se pintar, precisa provar do próprio cinza para acreditar na alegria e na vida.


 Imagem retirada da internet


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Está aqui dentro

Você não percebe?
Eu posso sentir
é muito forte.
Ele me domina,
me completava e agora
me machuca.
É o amor que sinto por você.

Sinto mas...
preciso matá-lo.

É demais para mim, não posso mais.
Não vê que me fere tanto?
Eu só faço chorar
pelos cantos,
triste, magoada, sozinha.

Ele não é correspondido
e você sabe que nunca será.
Então me dê.
Por favor me dê o punhal.
Eu preciso tirar daqui.

Arrancando você dentro de mim
eu posso preencher com outro alguém.
Quem sabe não será recíproco?

Não seja egoísta.
Me dê o punhal.
Eu preciso tirar o que me faz tão mal.
Não é por você.
É por mim.

Imagem retirada da internet