Encontra-se
mais aspereza nas palavras,
um
silêncio profundo
e um
olhar constante para baixo em busca de si mesma.
Anda
mais recolhida,
escuta
mais as músicas do que a voz dos outros.
Marcas
de lágrimas percorrem o rosto com facilidade,
está
distante do mundo.
Não
acreditava nas palavras sem som dos outros.
Não
acreditava nos toques em seu ombro das pessoas que falam sem parar.
Não
acreditava mais em Deus.
Não
acreditava na própria força de recomeçar, de se superar.
Não
acredita...
Marcaram-lhe
o braço.
Marcaram-lhe
a alma.
O
roxo durou mais de vinte dias
e na
alma ainda perdura a dor das palavras ditas inescrupulosamente.
Dos
outros vieram as cobranças:
voltar
a ser como era antes,
devia
ser feliz sempre
não
tinha mais o direito de chorar.
Ouviu
que precisavam dela e dos seus favores,
e isso,
e aquilo, e aquilo outro...
Mas
não lhe perguntaram como estava seu mundo interno.
-
Está bem, obrigada! – Disse.
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