domingo, 6 de dezembro de 2015

O sorriso fácil do rosto sumiu.


Encontra-se mais aspereza nas palavras,
um silêncio profundo
e um olhar constante para baixo em busca de si mesma.

Anda mais recolhida,
escuta mais as músicas do que a voz dos outros.
Marcas de lágrimas percorrem o rosto com facilidade,
está distante do mundo.

Não acreditava nas palavras sem som dos outros.
Não acreditava nos toques em seu ombro das pessoas que falam sem parar.
Não acreditava mais em Deus.
Não acreditava na própria força de recomeçar, de se superar.
Não acredita...

Marcaram-lhe o braço.
Marcaram-lhe a alma.
O roxo durou mais de vinte dias
e na alma ainda perdura a dor das palavras ditas inescrupulosamente.

Dos outros vieram as cobranças:
voltar a ser como era antes,
devia ser feliz sempre
não tinha mais o direito de chorar.
Ouviu que precisavam dela e dos seus favores,
e isso, e aquilo, e aquilo outro...

Mas não lhe perguntaram como estava seu mundo interno.


- Está bem, obrigada! – Disse.

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