Com raiz e tudo,
não poupei forças para
tirar cada pedaço de você
que ainda pudesse sobrar
dentro de mim.
A cada pedaço tirado
lágrimas grossas
insistiam em cair de meus olhos.
Processo doloroso,
amargo, torturante.
Um e outro grito de dor
cobria-se em choro ácido
desse ato,
a cada ramo profundo,
enraizado no íntimo.
Apesar da dor, insisti
no gesto.
Não hesitei e continuei
o árduo trabalho agrário.
Arrancar essas raízes
impregnadas do campo de meu coração
é processo inadiável,
necessário, preciso...
Justo!
Amar sozinha é perdição,
autodestruição,
suicídio lento,
no ser ainda vivo.
Arranco a violentos
golpes
a erva daninha do amor
que sinto
sozinha
por quem, não mais, me
ama.
Desencravo o amor que
tanto trouxe felicidade,
e hoje dói!Priscila Garcia
Imagem retirada da internet
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