domingo, 12 de abril de 2015

Arranquei com todas as forças teu amor.

Com raiz e tudo,
não poupei forças para tirar cada pedaço de você
que ainda pudesse sobrar
dentro de mim.

A cada pedaço tirado
lágrimas grossas insistiam em cair de meus olhos.
Processo doloroso, amargo, torturante.

Um e outro grito de dor
cobria-se em choro ácido
desse ato,
a cada ramo profundo,
enraizado no íntimo.

Apesar da dor, insisti no gesto.
Não hesitei e continuei o árduo trabalho agrário.
Arrancar essas raízes impregnadas do campo de meu coração
é processo inadiável, necessário, preciso...
Justo!

Amar sozinha é perdição,
autodestruição,
suicídio lento,
no ser ainda vivo.

Arranco a violentos golpes
a erva daninha do amor que sinto
sozinha
por quem, não mais, me ama.
Desencravo o amor que tanto trouxe felicidade,
e hoje dói!

Priscila Garcia


Imagem retirada da internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário