quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Aquela não era eu!

Não mesmo!

Após o terceiro copo cheio de vinho e gelo
eu sentia em mim um turbilhão de sentimentos paradoxais
que se misturavam a cenas do passado,
coisas antigas,
guardadas no subsolo da lembrança.
Proteção? Talvez!

Senti medo
e uma necessidade terrível de escrever tudo aquilo.
Era como se não suportasse isso só dentro de mim,
e precisasse exorcizar tudo, antes de enlouquecer.

Mas o medo se apoderou de mim e rasguei a folha com as primeiras letras.
Sairiam poemas perigosos demais!
Poderiam machucar! Fazer mal!

Certa vez alguém me disse que o vinho dá cor avermelhado as lembranças!
Eu digo mais,
dá sabor também!
Seco ou adocicado,
não importa, tanto faz!
Traz lembranças independente do sabor do vinho!

Calei o turbilhão de sentimentos paradoxais
com um banho gelado e fui dormir.
Que Morfeu cuide de mim!

Não adiantou muito o banho.
Ainda surgiu este poema!!


Após alguns copos de vinho com gelo em forma de coração, uma noite de sonho profundo e uma conversa... 


Imagem retirada da internet












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